quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Estrutura e Estratificação Social – Capítulo 7 do livro de Sociologia

           A estrutura social é construída a partir da relação entre os fatores econômicos, políticos, culturais e religiosos, que determinam as características de cada sociedade e como ela se organiza.


Segundo o sociólogo brasileiro Octávio Ianni, a estratificação social é determinada pela forma como se organizam a produção econômica e o poder político.

Quando o homem percebe que ser servido é melhor que servir, ele passa a criar um sistema, onde ele detém privilégios e exclui os demais. Através da acumulação de bens ou de poder religioso, o homem estava em uma condição mais elevada, segundo a sua visão.

 De tempos em tempos, a sociedade tem sua organização alterada, pois quando o homem muda, a sociedade também muda, pois este deseja sempre favorecer-se.
 
SOCIEDADE DE CASTAS

O sistema de castas foi o primeiro sistema criado como forma de organização social, ele não apresenta mobilidade social por estar baseado na hierarquia. A hierarquização social se baseia em religião, etnia, cor, hereditariedade e ocupação. Esses elementos definem a organização do poder político e a distribuição da riqueza gerada pela sociedade.

·         a dos brâmanes (sacerdotal e superior às demais);

·         a dos xátrias (intermediária, formada pelos guerreiros, encarregados do governo e da administração pública);

·         a dos vaixás (casta dos artesãos, comerciantes e camponeses);

·         a dos sudras (casta dos inferiores, dos que realizam trabalhos manuais considerados servis).

Esse sistema permanece todavia na Índia e vem se desfazendo com o tempo, mas alguns costumes e normas estabelecidos por esse sistema, todavia permanecem.

         SOCIEDADE ESTAMENTAL

A sociedade estamental está dividida em estamentos, onde cada estamento apresenta uma função (possui deveres) e também se beneficia de certa forma com seus deveres (direitos). É um sistema marcado pela reciprocidade entre os estamentos, por exemplo, enquanto os servos deviam trabalhar e ser fieis aos seus senhores, esses lhes davam terra e proteção.

 

Nesse sistema, as desigualdades eram consideradas normais e explicadas pela vontade divina, Deus estabeleceu que cada estamento tivesse uma função para que houvesse um equilíbrio e a organização social permanecesse (alguns guerreiam, alguns oram e alguns trabalham).

A pobreza era considerada de nascença, e também era culpa das guerras ou doenças. Havia uma visão positiva dessa condição, pois esta despertava a compaixão e a caridade. Na concepção da Igreja Católica, os ricos tinham obrigação moral de ajudar os pobres. Depois, ela tornou-se uma consequência da preguiça e indolência dos indivíduos, o que Deus condenava e por fim, tornou-se um modo de vida que podia ser escolhido, cada um era responsável por seu próprio destino.

 

Nas sociedades medievais, existia a mobilidade de um estamento para outro, mas era muito controlada. A terra definia o poder, liberdade e direitos para os que detinham-na, os que não detinham-na eram inferiores socialmente, politicamente e economicamente.

SOCIEDADE DE CLASSES

Atualmente, nossa sociedade divide-se por um sistema de classes, onde o principal fator de definição de poder e privilégios é a riqueza. Existem duas grandes classes, a burguesia – dona dos meios de produção e o proletariado – que detém somente a sua força de trabalho, como forma de obter renda ou podem ser classes baseadas na capacidade de consumo (A,B,C,D e E).

É o sistema, que aparenta, ter a maior mobilidade social, que pode subir de nível através da renda, porém somente alguns manipulam o poder. Nele, as desigualdades são construtivas, esse eterno conflito possibilita a manutenção e permanência do sistema e possibilita aos mais pobres a quererem mudar de vida e passarem a dedicar-se mais.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário