Segundo
o sociólogo brasileiro Octávio Ianni, a estratificação social é determinada
pela forma como se organizam a produção econômica e o poder político.
Quando
o homem percebe que ser servido é melhor que servir, ele passa a criar um
sistema, onde ele detém privilégios e exclui os demais. Através da acumulação
de bens ou de poder religioso, o homem estava em uma condição mais elevada,
segundo a sua visão.
De tempos em tempos, a sociedade tem sua organização alterada, pois quando o homem muda, a sociedade também muda, pois este deseja sempre favorecer-se.
De tempos em tempos, a sociedade tem sua organização alterada, pois quando o homem muda, a sociedade também muda, pois este deseja sempre favorecer-se.
SOCIEDADE
DE CASTAS
O
sistema de castas foi o primeiro sistema criado como forma de organização social,
ele não apresenta mobilidade social por estar baseado na hierarquia. A
hierarquização social se baseia em religião, etnia, cor, hereditariedade e
ocupação. Esses elementos definem a organização do poder político e a
distribuição da riqueza gerada pela sociedade.
·
a dos brâmanes (sacerdotal e superior às demais);
·
a dos xátrias (intermediária, formada pelos guerreiros, encarregados do
governo e da administração pública);
·
a dos vaixás (casta dos artesãos, comerciantes e camponeses);
·
a dos sudras (casta dos inferiores, dos que realizam trabalhos manuais
considerados servis).
Esse sistema permanece todavia na Índia e vem
se desfazendo com o tempo, mas alguns costumes e normas estabelecidos por esse
sistema, todavia permanecem.
SOCIEDADE ESTAMENTAL
A sociedade estamental está dividida em
estamentos, onde cada estamento apresenta uma função (possui deveres) e também
se beneficia de certa forma com seus deveres (direitos). É um sistema marcado
pela reciprocidade entre os estamentos, por exemplo, enquanto os servos deviam
trabalhar e ser fieis aos seus senhores, esses lhes davam terra e proteção.
Nesse sistema, as desigualdades eram
consideradas normais e explicadas pela vontade divina, Deus estabeleceu que
cada estamento tivesse uma função para que houvesse um equilíbrio e a
organização social permanecesse (alguns guerreiam, alguns oram e alguns trabalham).
A pobreza era considerada de nascença, e
também era culpa das guerras ou doenças. Havia uma visão positiva dessa
condição, pois esta despertava a compaixão e a caridade. Na concepção da Igreja
Católica, os ricos tinham obrigação moral de ajudar os pobres. Depois, ela tornou-se uma consequência da preguiça e indolência dos indivíduos, o que Deus condenava e por fim, tornou-se um modo de vida que podia ser escolhido, cada um era responsável por seu próprio destino.
Nas sociedades medievais, existia a mobilidade
de um estamento para outro, mas era muito controlada. A terra definia o poder,
liberdade e direitos para os que detinham-na, os que não detinham-na eram
inferiores socialmente, politicamente e economicamente.
SOCIEDADE DE CLASSES
Atualmente, nossa sociedade divide-se por um
sistema de classes, onde o principal fator de definição de poder e privilégios
é a riqueza. Existem duas grandes classes, a burguesia – dona dos meios de
produção e o proletariado – que detém somente a sua força de trabalho, como
forma de obter renda ou podem ser classes baseadas na capacidade de consumo (A,B,C,D
e E).
É o sistema, que aparenta, ter a maior
mobilidade social, que pode subir de nível através da renda, porém somente
alguns manipulam o poder. Nele, as desigualdades são construtivas, esse eterno
conflito possibilita a manutenção e permanência do sistema e possibilita aos
mais pobres a quererem mudar de vida e passarem a dedicar-se mais.
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