quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Arcadismo - Literatura

Contexto histórico-cultural:
As cidades crescem, há uma urbanização, desenvolvimento do comércio e também se passa no Iluminismo,  então, o homem ele têm aquela coisa de liberdade e igualdade, onde ele se desprende do Estado e da Igreja e se volta para a razão e o intelectual. A burguesia  vinha até então ganhando cada vez mais poder e era a maior financiadora das universidades, ela até tinha a filosofia de "Direitos Humanos", dando a ideia de igualdade e também tentava impor ideologias para os demais, dizendo o que era bom para todos, mas não para a ela mesma (hipocrisia).

Visão de mundo do homem árcade:
 O homem árcade já não é mais contraditório, nem violento, nem perturbado; este agora pode decidir seu próprio caminho através da razão, intelectualidade. Ele busca a liberdade e a igualdade, que segundo aos escritores árcades, que eram burgueses, a felicidade estava nas coisas simples, rústicas, ou seja, no campo, longe da cidade e dos vícios humanos que corrompem cada ser (vaidade, inveja, ganância). No campo, encontra-se um refúgio espiritual, onde há harmonia, paz, equilíbrio, saúde. Ali há tudo o que se precisa para sobreviver, a terra é a fonte de riqueza (dá frutos), a cidade só impõe valores às coisas materiais. Há uma valorização das coisas simples.
Ideias de :
Bucolismo --> vida ideal no campo
Pastoralismo--> culto à vida amorosa do pastor.
Fugere urbem --> fuga da cidade, onde o homem é corrompido e só se valoriza os seus bens, valoriza-se as qualidades do campo.
Aurea mediocritas --> medicoridade aúrea, valoriza-se as coisas simples e suficientes da natureza, coisas cotidianas e da razão.
Locus amoenus --> lugar ameno, tranquilo e pacífico, onde os amanetes se encontram para amar-se.
Inutilia truncat --> cortar o inútil, eliminar os excessos, deixando os textos os mais simples e diretos possíveis.
Carpem diem: cantar o dia, aproveitar intensamente o hoje, pois o amanhã é incerto.

Temas decorrentes:

Características do Arcadismo no Brasil:
Ocorre no contexto da inconfidência mineira estimulada pela lib. das Treze Colônias da América do Norte, ocorre uma conspiração para romper com a coroa francesa.
Cláudio Manuel Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto foram os principais escritores dessa época.
Cláudio Manuel Costa: Escreveu Obras, onde indentifica o lugar onde vive como o contrário de locus amoenus, critica a ambição humana - lembram do rio só por causa das riquezas que ele fornece.
Tomás Antônio Gonzaga: Nas poesias líricas, escreveu liras para sua amada Marília a qual deseja casar e valoriza a vida no campo, já que era um pastor e se engrandece-se diante aos demais, podendo assim, cortejá-la, mas depois é preso e suas liras tornam-se melancólicas, ele sente falta Marília e se lamenta. Seu pseuônimo é Dirceu, usa uma máscara para não ser indentificado.
Na poesia satírica, escreveu Cartas Chilenas, criticando a imoralidade, irracionalidade, inconsequência, luxuria, desastrosidade e malandragem do governador, no texto chamado  de Fanfarrão Minésio (minério). Ele anseia por um governador que seja um exemplo, seja uma homem providencial que consiga administrar o país.

*Semelhanças do Classicismo e Arcadismo:
- Equílibrio e valorização das formas de beleza (natureza);
- Influência mística;
- Sonetos


*Carpe Diem do Barroco e Arcadismo:
- No Barroco, existe a culpa pelos pecados, eles aproveitam o dia de hoje intensamente assim como no Arcadismo, mas há a culpa religiosa.

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