A sociedade capitalista e as classes sociais – Capítulo 8 do livro de Sociologia

     Alguns teóricos tentaram explicar a sociedade capitalista com seu sistema de classes sociais:

 

KARL MARX: Se preocupou com relação entre o homem e o capital. Ele acreditava que existia duas grandes classes: a burguesa -> detentora dos meios de produção e privilégios e o proletariado -> detém somente sua força de trabalho, que pode fazê-lo mudar de vida. Para ele, o capital era o fator determinante das classes e essas classes em constante conflito é que mantém e move o sistema capitalista, que na verdade é um sistema bastante desigual.

O capitalismo é meio ideal, nele se há liberdade e condições de mudar de vida, porém, na verdade, isso quer dizer que passamos a ser escravos do dinheiro, desejamos e desejamos adquirí-lo para “mudar de vida”, obtendo privilégios e poder. Marx estimula a união do proletariado contra o proletariado, pois na verdade, sem o proletariado a burguesia não existiria, pois o lucro obtido pelo trabalho do proletariado na verdade é quase todo da burguesia.

A burguesia/classes dominantes criam ideologias – afirmações que tornam-se verdades para nós, para manter-se no poder e mascarar a luta de classes.

 

MAX WEBER: Se preocupou com o ser. Defende a ideia de que as hierarquias sociais estão baseadas em fatores econômicos (classes), em prestígio e honra (status) e poder político (poder), ou seja, sua classe é determinada pelo seu poder de consumo (sua renda), mas você estando em uma classe, existe a possibilidade de deter ou não deter status ou poder (Alguns têm poder e status, mas não dinheiro e outros têm dinheiro, mas não status – influência social).

Os indivíduos de uma mesma classe (mesma condição econômica) têm as mesmas oportunidades de acesso a bens, a posição social e ao destino comum. Para ele, as classes sociais servem para a manutenção do poder, prestígios e renda.

 

ÉMILLE DURKHEIN: Se preocupou com a relação entre o indivíduo e a empresa. Acredita que as regras e normas criadas pelas instituições são para evitar a luta de classes, pois elas colocam ordem sob a sociedade e propõe sua permanência. A educação é outra forma de manutenção da sociedade, através dela você pode mudar de vida (alcançar o poder e progresso) e é uma forma de padronizar o conhecimento. A divisão do trabalho propõe a união dos indivíduos, pois eles precisam uns dos outros.

 

 

** O sistema capitalista valoriza o que você possui e não o que você é. Sua capacidade de consumo, produção determinam seu lugar na sociedade.

Estrutura e Estratificação Social – Capítulo 7 do livro de Sociologia

           A estrutura social é construída a partir da relação entre os fatores econômicos, políticos, culturais e religiosos, que determinam as características de cada sociedade e como ela se organiza.

Segundo o sociólogo brasileiro Octávio Ianni, a estratificação social é determinada pela forma como se organizam a produção econômica e o poder político.

Quando o homem percebe que ser servido é melhor que servir, ele passa a criar um sistema, onde ele detém privilégios e exclui os demais. Através da acumulação de bens ou de poder religioso, o homem estava em uma condição mais elevada, segundo a sua visão.

 De tempos em tempos, a sociedade tem sua organização alterada, pois quando o homem muda, a sociedade também muda, pois este deseja sempre favorecer-se.
 

SOCIEDADE DE CASTAS

O sistema de castas foi o primeiro sistema criado como forma de organização social, ele não apresenta mobilidade social por estar baseado na hierarquia. A hierarquização social se baseia em religião, etnia, cor, hereditariedade e ocupação. Esses elementos definem a organização do poder político e a distribuição da riqueza gerada pela sociedade.

·         a dos brâmanes (sacerdotal e superior às demais);

·         a dos xátrias (intermediária, formada pelos guerreiros, encarregados do governo e da administração pública);

·         a dos vaixás (casta dos artesãos, comerciantes e camponeses);

·         a dos sudras (casta dos inferiores, dos que realizam trabalhos manuais considerados servis).

Esse sistema permanece todavia na Índia e vem se desfazendo com o tempo, mas alguns costumes e normas estabelecidos por esse sistema, todavia permanecem.

         SOCIEDADE ESTAMENTAL

A sociedade estamental está dividida em estamentos, onde cada estamento apresenta uma função (possui deveres) e também se beneficia de certa forma com seus deveres (direitos). É um sistema marcado pela reciprocidade entre os estamentos, por exemplo, enquanto os servos deviam trabalhar e ser fieis aos seus senhores, esses lhes davam terra e proteção.

 

Nesse sistema, as desigualdades eram consideradas normais e explicadas pela vontade divina, Deus estabeleceu que cada estamento tivesse uma função para que houvesse um equilíbrio e a organização social permanecesse (alguns guerreiam, alguns oram e alguns trabalham).

A pobreza era considerada de nascença, e também era culpa das guerras ou doenças. Havia uma visão positiva dessa condição, pois esta despertava a compaixão e a caridade. Na concepção da Igreja Católica, os ricos tinham obrigação moral de ajudar os pobres. Depois, ela tornou-se uma consequência da preguiça e indolência dos indivíduos, o que Deus condenava e por fim, tornou-se um modo de vida que podia ser escolhido, cada um era responsável por seu próprio destino.

 

Nas sociedades medievais, existia a mobilidade de um estamento para outro, mas era muito controlada. A terra definia o poder, liberdade e direitos para os que detinham-na, os que não detinham-na eram inferiores socialmente, politicamente e economicamente.

SOCIEDADE DE CLASSES

Atualmente, nossa sociedade divide-se por um sistema de classes, onde o principal fator de definição de poder e privilégios é a riqueza. Existem duas grandes classes, a burguesia – dona dos meios de produção e o proletariado – que detém somente a sua força de trabalho, como forma de obter renda ou podem ser classes baseadas na capacidade de consumo (A,B,C,D e E).

É o sistema, que aparenta, ter a maior mobilidade social, que pode subir de nível através da renda, porém somente alguns manipulam o poder. Nele, as desigualdades são construtivas, esse eterno conflito possibilita a manutenção e permanência do sistema e possibilita aos mais pobres a quererem mudar de vida e passarem a dedicar-se mais.

 

Química Quantitativa

           Assim como par é 2 unidades de algo, dúzia é 12 unidades de algo e grosa é 144 unidades de algo, o mol é 6 x 10^23 unidades de algo -> é uma unidade coletiva como qualquer outra.

Quais partículas podem ser medidas pelo mol?
- Em compostos moleculares, são medidas a quantidade de moléculas.
- Em compostos iônicos, são medidos a quantidade de fórmulas.
- Em elementos químicos , são medidos a quantidade de átomos.

         Logo, 1 mol = 6 x 10^23 moléculas/ fórmulas/ átomos.

Contando átomos de um composto e íons de um composto iônico.
         Para contar íons de um composto iônico é necessário fazer a dissociação iônica, separar os íons:
NaNO3 --> Na+ + NO3-
Al2(SO4)3 --> 2 Al+ + 3 SO4 2-
        Para contar os átomos basta ver a quantidade de elementos diferentes e os números que aparecem em baixo deles e contá-los.

RELAÇÃO COM MASSA MOLAR

       A massa molar de um composto é igual à sua massa molecular, só que é dado em gramas.
Exemplos:
Massa molar de H2S04
H = (2).    1 u
S = (1).   32 u  +
O = (4).  16 u
                98 u (massa molecular) ---> 98 g (massa molar)

          Logo, 1 mol = massa molar de um composto.


RELAÇÃO COM VOLUME MOLAR

         Nas condições normais de temperatura e pressão (0º e 1 atm), os gases apresentam volume igual a 22,4 L.

Logo, 1 mol = 22,4 L.

Progressão Aritmética - Álgebra

         A progressão aritmética é representada por um sequência de números, onde cada termo, a partir do segundo, é obtido somando-se ao anterior uma constante r.

       Ela pode ser:

- Crescente: (2, 4, 6, 8 .. 12) -> Onde r é maior que 0, os termos da sequência vão aumentando da direita para esquerda.

- Decrescente: (9, 6, 3, 0, -3...)  -> Onde r é menor que 0, os termos da sequência vão diminuindo da direita para esquerda.

- Constante: (5, 5,5, 5) -> Onde r é igual a 0.

        Utiliza-se uma fórmula para descobrir as informações necessárias da progressão (o número de termos - n, a razão r -> o que soma cada termo e o valor do termo inicial (primeiro termo) - A1, o valor de qualquer termo - An)

An = A1 + (n-1). r

*Para achar a razão basta pegarmos o termo da esquerda de um número e subtrair pelo seu anterior. (a4-a3 = r/ a2- a1 = r)

Exemplos:
(I)
r =?
a1 =?
a12 = 67
a21 = 130


a12 = a1 + (12-1). r
67 = a1 + 11.r

a21 = a1+ (21-1). r
130 = a1 + 20.r

130 = a1 + 20.r - (67 = a1 + 11.r) => 63 = 9r => r= 7

67 = a1 + 11.7 => 67-77 = a1 => a1 = -10

(II) Achar valor de x para que a sequência (2x -7, x²-1, x²+8x +16) seja uma progressão aritmética:

Para que seja uma progressão, a2 - a1 = r assim como a3 - a2 = r, logo:
a2 = x²-1
a1= 2x -7
a3= x²+8x +16

a2 - a1 = r => x²-1 - (2x -7) => x²  - 2x - 1 +7 => x² - 2x +6
a3 - a2 = r => x²+8x +16 - (x²-1) => x² - x² + 8x + 16 +1 = 8x +17

a2 - a1 = a3 - a2 => x² - 2x +6 = 8x +17 => x² -2x - 8x + 6 - 17 => x² - 10x - 11 = 0
x' = -11 x''= 1

Características e estrutura do texto dissertativo-argumentativo

- Tem como objetivo apresentar defender uma opinião (do autor) sobre a temática;

- Apresenta uma tese (ideia defendida), normalmente, aparece no primeiro parágrafo;

- Utiliza da linguagem formal e o predomínio da escrita é em terceira pessoa do singular (verbos e pronomes) - o autor escreve de forma distanciada, impessoal;

-  Aborda, normalmente, temáticas atuais e polêmicas;

-  Utiliza de recursos argumentativos para dar maior credibilidade ao textos, como dados estatísticos, citações, alusões históricas, exemplos, relação de causa e efeito, perguntas retóricas e comparações;

- O perfil de interlocutor vai depender se a pessoa se interessa em saber mais sobre a temática abordada, logo depende da temática, mas em geral, são professores e avaliadores, que corrigem esse tipo de texto que são os mais interessados;

- É veiculado principalmente em revistas e internet;

-  Sua estrutura está assim dividida:


* Introdução: apresenta uma tese;

*Desenvolvimento: apresenta argumentos que fundamentam a tese;

*Conclusão: pode ser de síntese (retoma a tese e continua-a) ou de proposta (apresenta solução ao problema).

Tipos de reação química

As reações químicas podem ser:


- de Síntese: Dois compostos simples reagem formando um produto composto.
A+B à AB



Exemplos:


H2 + S à H2S
C + O2 à CO2



- de Decomposição: Um reagente composto é decomposto em dois produtos simples.
AB à A+B



Exemplos:


NaCl à Na + Cl2
KNO2 à K + NO2



- de Simples-troca: Um reagente simples reage com um reagente composto, onde o reagente simples troca de lugar com um dos compostos do reagente composto ( se o reagente simples for cátion vai trocar com o cátion, se for ânion vai trocar com o ânion), se esse for mais reativo que ele.
A +BC à B+ AC, se A for mais reativo que B



Exemplos:


Cl2 + 2 H2S à 2 HCl + S
2 Na + FeCl2 à NaCl2 + Fe


- de Dupla-troca: Dois reagentes compostos reagem formando dois produtos, onde ocorre a dupla troca entre os elementos que compõe cada reagente. Ocorre se um dos produtos for insolúvel.
AB + CD à AD +CB, se AD ou CB for insolúvel.



Exemplos:


FeCl3 + 3 KOH à 3KCl + Fe(OH)3
BaCl2 + K2Cr2O7 à 2 KCl + BaCr2O7



Obs.: Bases da 1A e 2A são solúveis, os demais não.






** NH4+ é diferente NH3, pois NH4+ é amônio e NH3 é amônia.