A pré-história do Brasil refere-se ao período anterior à escrita, pois esta está associada ao poder (quando você registra algo sobre um indivíduo e suas condições, você exerce controle sobre ele).
O Brasil pré-histórico era habitado por povos indígenas pertencentes ao grupo linguístico Macro-Jê, raíz de todas as línguas indígenas faladas. No litoral existiam os tupis -> Extremo Norte até SP e tapuias (Goitacazes, Aimorés e Tremembés) e no interior estavam os Guaranis.
Os tupis e tapuias estavam em constante conflitos, os tupis consideravam-se inferiores ao tapuias, assim como também existiam conflitos dentro da mesma tribo devido à existência de grupos distintos em uma mesma tribo que por apresentarem características semelhantes uniam-se.
Os povos indígenas viviam como os pré-históricos mesmo, desconheciam metalurgia e a divisão política (viviam em comunidades, sem muita diferença de classes, tudo era de todos).
A economia indígena podia ser neolítica ou paleolítica:
Na paleolítica, os homens eram nômades e viviam da caça, pesca e coleta e seus instrumentos eram feitos de madeira, ossos e pedras.
Na neolítica, os homens eram sedentários devida à prática agrícola, que possibilitava a permanência em um local fixo por causa da colheita demorar e tal, mas eram sedentários limitados devido à prática da coivara, que consiste em atear fogo nos restos plantados que servia como adubo, porém depois de um tempo, empobrecia o solo, fazendo com que o indígenas tivesse de deslocar-se daquela área e, conheciam cerâmica, que foi uma forma de armazenar os excedentes (restos -> plantava, mas era mais que suficiente para a sobrevivência), porém os instrumentos ainda eram feitos de madeira, ossos e pedras.
Também existiam os grupos antropofágicos, que alimentavam-se da carne humana, não por fome ou algo assim, mas era como um ritual: "Se comerdes da carne de uma pessoa guerreira, a alma dessa pessoa depois de morta virá para você".
O primeiro contato entre indígenas e europeus se deu de forma amigável, essa relação só muda quando os europeus tentam estabelecer lavouras nas terras brasileiras, pois para isso seria necessária a expulsão do índios de suas terras e a escravidão dos mesmos, para que estes trabalhassem para os europeus obterem lucro, logo essa ocupação do Brasil deu-se de forma violenta e não amigável.
Como consequência disso, os dados comprovam que a partir da colonização ocorreu uma significativa diminuição do número de índios no Brasil. Em 1500, eles eram 6 milhões e em 1998 só restavam 358.000 índios. Todavia, a herança indígena brasileira não foi perdida, eles exercem muita influência cultural ainda hoje.
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