domingo, 31 de agosto de 2014

Relação (Iluminismo e Arcadismo, Arcadismo e Classicismo) e Revolução dos Bichos:


- O iluminismo foi um movimento que despertou a sociedade à buscar a razão e o intelecto, desprendendo-se da religião. Despertou o desejo de liberdade (educação=liberdade).
- No arcadismo, que teve como contexto o iluminismo e as revoluções, o homem deixa de ser atormentado pela culpa religiosa e de contradições e torna-se seguro e decidido, em busca do saber e da liberdade. Neste período, o homem também valoriza a natureza como fonte de harmonia (beleza), paz (descanso espiritual) e eleva-a como lugar ideal para se viver (propõe saúde = direito à vida). Os textos desse período eram escritos por burgueses, que diziam o que era bom para todos, mas na verdade não o faziam, queria que cressem que a natureza era o local ideal para se viver (cidade= inveja, vaidade), para que estes pudessem desfrutar das riquezas que adquiriam com o seu trabalho.
As filosofias da burguesia eram o pastoralismo e de liberdade e igualdade (Direitos humanos- todos são iguais perante a lei), porém haviam classes privilegiadas e outras inferiores, o que estimulou as revoluções (os oprimidos lutam por igualdade).
O arcadismo retoma algumas ideias do Classicismo, na parte de voltar-se para a razão e valorizar os padrões de beleza, que no caso era a natureza.
** Os porcos (burguesia) despertaram nos demais animais, a ideia de igualdade e liberdade, levando-os a iniciaram uma revolução contra os humanos, a principio, todos seriam iguais, foram estabelecidos mandamentos, para manter a igualdade entre os animais:
1. QUALQUER COISA QUE ANDA SOBRE DUAS PERNAS É INIMIGO.
Esse mandamento muda quando os porcos começam a estabelecer vínculos comerciais com os humanos. “ (…) Napoleão assinara, por intermédio de Whymper, um contrato de fornecimento de quatrocentos ovos por semana.”
2. O QUE ANDA SOBRE QUATRO PERNAS, OU TENHA ASAS, É AMIGO.
Na verdade modifica completamente quando algum animal desobedece ao que eles impõem. “(…) verificaremos que o papel de Bola-de-Neve foi muito exagerado (…), pronuncio a sentença de morte para Bola-de-Neve”.
3. NENHUM ANIMAL USARÁ ROUPA.
Logo depois que passaram a morar na casa grande os porcos começam a usar roupas. “(…) Napoleão apresentando-se com um casaco negro, calções de caça e perneiras de couro.”
4. NENHUM ANIMAL DORMIRÁ NA CAMA.
Os porcos, posteriormente, acrescentaram o termo “com lençóis”, alegando que esses eram invenções humanas. “ (…) Nós retiramos os lençóis das camas da casa e dormimos entre cobertores.”
5. NENHUM ANIMAL BEBERÁ ÁLCOOL.
Quando outros animais encontram garrafas de bebidas alcoólicas na Casa Grande e questionam a respeito eles completam o mandamento com: “EM EXCESSO”. “ (…) os porcos haviam conseguido, não se sabia de que maneira, dinheiro para adquirir outra caixa de uísque”.
6. NENHUM ANIMAL MATARÁ OUTRO ANIMAL.
Os porcos, ao perceberem que alguns animais não estavam de acordo com suas atitudes, resolvem matar a tais para não disseminar a oposição. “(…) E assim prosseguiu a sessão de confissões e execuções, até haver um montão de cadáveres aos pés de Napoleão.”
7. TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS.
Os porcos líderes, por se considerarem superiores aos outros animais, acrescentam no mandamento “ MAS UNS MAIS IGUAIS QUE OUTROS”. Eles são quem governariam a granja pela sua diferenciação. “ (…) Napoleão habitava um apartamento separado dos demais.”
Mas então, como os porcos (Napoleão e Bola-de-Neve) que eram animais sujos e espertos (governadores de hoje em dia), estes passaram a estabelecer ideais para os demais animais: trabalhar é bom; os humanos são inimigos, animais são amigos; o trabalho que vocês fazem são em benefício a si mesmos e outros, se assemelhando à burguesia que dizia o que era bom para todos mas, na verdade, estes não faziam-o, e desfrutavam dos privilégios. Logo, não houve uma grande mudança entre a liderança de Jones (humano) e a liderança de Napoleão (o porco), pois este alterou todas as regras em benefício próprio.
O cenário passa-se em uma fazenda, local adequado para se viver."O solo da Inglaterra é fértil, o clima é bom, ela pode dar alimentos em abudância a um numero de animais muitíssimo amior do que o existente."
GOVERNO LULA
Algumas promessas de Lula:
LULA: “Estarei satisfeito se ao final do meu mandato, os brasileiros puderem fazer três refeições diárias.”
REVOLUÇÃO DOS BICHOS: Vote em Napoleão e na manjedoura cheia (comida abundante).
LULA: Deus pôs os pés aqui (no Brasil) e falou: “Olha aqui vai ter tudo. Agora é só homens e mulheres terem juízo que as coisas vão dar certo.”
REVOLUÇÃO DOS BICHOS: O solo da Inglaterra é fértil, o clima é bom, ela pode oferecer alimentos em abundância, a um número de animais muitíssimo maior do que o existente.. Por que então permanecemos nesta miséria? Porque quase todo o produto do nosso esforço nos é roubado pelos seres humanos.
* Essa fábula apresenta três sistemas políticos: com Jones (explorava o trabalho animal em benefício próprio – acumular mais capital) - CAPITALISMO, com Major e Bola-de-Neve ( que idealizavam e a principio conseguiram obter “uma sociedade de animais livres da fome e do chicote, todos iguais, cada qual trabalhando de acordo com a sua capacidade, os mais fortes protegendo os mais fracos.”) - SOCIALISMO e com Napoleão (o poder estava todo em suas mãos, ele decidia tudo, sem consultar ninguém “TODOS IGUAIS, MAS UNS MAIS QUE OUTROS”) - DITADURA.

RESUMO:
Relação com o Iluminismo:
Os animais desejavam ser livres e iguais, o que propunha o iluminismo, ele abriu os olhos dos animais (desfoca da religião e do estado/rei) para estes pudessem tornar-se independentes.
Relação com o Arcadismo:

Pelo fato de os animais viverem em uma fazenda, onde era o local ideal, tinham a riqueza que provinha da terra, tinham alimentos (o que precisavam pra sobreviver).

Química R - Polaridade e Solubilidade




        É a capacidade que as ligações possuem de atrair cargas elétricas. O local onde ocorre este acúmulo de cargas é chamado de pólo, estes se classificam em pólos negativos ou positivos. Pólo negativo é a região que concentra os elétrons, enquanto que pólo positivo é a região com deficiência de elétrons.

Podemos definir a polaridade de compostos pelo seguinte esquema:


Os compostos iônicos sempre serão polares (pois apresentam cargas elétricas permanentes, que formam de polos positivos e negativos).


Os compostos moleculares podem apresentar ligação polar ou apolar, a ligação vai ser vista se os elementos que constituem a molécula são iguais (como H2, N2 ou O2 -> igual eletronegativadade) ou diferentes (HCl, NO2 -> diferença de eletronegatividade).


Caso eles sejam iguais, a ligação será apolar e o composto, consequentemente será apolar, caso eles sejam diferentes, o composto pode ser ou polar ou apolar, então vemos o coeficiente momento dipolar resultante, se ele for igual a 0 o composto será apolar, se for diferente de 0 o composto será polar.


Vemos o coeficiente momento dipolar, pela geometria molecular dos compostos. Se forem lineares, trigonais planas e tetraédricas que apresentam mesmos elementos ligados ao átomo central, o composto será apolar (u=0), mas se tiver um elemento diferente ligado ao central o composto será polar.
E se as geometrias apresentarem um ou mais pares de elétrons não ligantes (angulares, piramidais...) o composto será polar.

 
Normalmente, compostos polares sempre dissolverão-se em solventes polares, como: metanol, etanol, éter dietílico, acetona, água e amônia.


Compostos apolares se dissolvem em solventes apolares, como: gasolina, querosene, vaselina, óleos, gorduras vegetais, tetracloreto de carbono e benzeno.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Núcleo e divisão celular - Parte II

                         Interfase e divisões celulares (mitose e meiose) - etapas:
As células passam por um ciclo em sua vida:
 A célula passa a maior parte do tempo na fase G1, onde ela está em constante atividade metabólica, depois ela passa para a fase S, onde ocorrerá a duplicação de DNA, se ela tinha 2 terá 4, por exemplo, e os cromossomos simples passam a ser cromossomos duplicados. Na fase G2, a célula deixa de fazer qualquer atividade, pois está em processo de preparação para a divisão, que é muito importante e a fase M é quando ocorre a Mitose.









                        Células diploides e haploides:



- Diploides ou 2n -> possuem cromossomos aos pares de homólogos (ou eles estão pareados ou apenas formam pares). Ex.: todas as células.













- Haploides ou n -> possuem um cromossomo de cada par (cromossomos simples, ou seja, não duplicados). Ex.: Gametas.

     








             Etapas da mitose: Profáse, Anáfase, Metáfase, Telófase.
      A mitose em células eucarióticas haploides ou diploides, animais ou vegetais.
Prófase: Os cromossomos já duplicados começam a se condensar, a carioteca e o nucléolo vão desaparecendo e os centríolos que se duplicam, entre eles, formam-se o aster e as fibras do fuso, que vão os deslocando para os polos da célula.

Metáfase: Os cromossomos no máximo de sua condensação deslocam-se para o equador da célula, e os centríolos que estão em polos opostos, têm as fibras do fuso alongadas que se ligam aos cromossomos pelo cinetócoro.

Anáfase: Há a separação do centrômero pelo encurtamento das fibras do fuso, o que promove o deslocamento dos cromossomos para os pólos da célula.

Telófase: As cariotecas e nucléolos reaparecem, o núcleo se individualiza e os cromossomos se descondensam, havendo também a divisão do citoplasma, obtendo como resultado duas células filhas com as mesmas características genéticas da célula mãe e mesma quantidade de cromossomos.

             Nas células vegetais, não há a presença do aster e centríolos (acêntricas e anastrais), mas a divisão ocorre por apresentar as fibras polares e cromossômicas e a mitose ocorre de dentro para fora, já nas animais, há a presença de aster, centríolos  (cêntricas e astrais) e as fibras do fuso e a mitose ocorre de fora para dentro.

        Etapas da meiose: Profáse I e II, Anáfase I e II, Metáfase I e II, Telófase I e II.
     A meiose ocorre em duas divisões, na primeira separam-se os pares de homólogos e na segunda separam-se os centrômeros. Na Prófase I há o pareamento de homólogos formando tétrades (4 cromátides) e por meio da permutação, um homólogo doa seu pedaço ao outro na região chamada quiasma.
     A meiose é importante para manutenção do número de cromossomos nas células humanas e para a recombinação genética na reprodução (nenhum individuo é igual ao outro).

Prófase I: Os homólogos se paream e começam a se condensar, a carioteca e o nucléolo vão desaparecendo e os centríolos que se duplicam, entre eles, formam-se o aster e as fibras do fuso, que vão os deslocando para os polos da célula.

Metáfase I: Os homólogos pareados, no máximo de sua condensação, deslocam-se para o equador da célula e se ligam às fibras do fuso alongadas promovendo a separação dos homólogos.

Anáfase I: Há a separação dos homólogos pelo encurtamento das fibras do fuso, o que promove o deslocamento dos mesmos para os pólos da célula.

Telófase I: As cariotecas e nucléolos reaparecem, o núcleo se individualiza e os cromossomos se descondensam, havendo também a divisão do citoplasma, obtendo como resultado duas células filhas, cada uma com um homólogo.

             A meiose II nada mais é que uma mitose em células haploides. -> Número ímpar de cromossomos.
Prófase II: Os cromossomos já estão duplicados e condensados, a carioteca e o nucléolo vão desaparecendo e os centríolos que se duplicam, entre eles, formam-se o aster e as fibras do fuso, que vão os deslocando para os polos da célula.

Metáfase II: Os cromossomos no máximo de sua condensação deslocam-se para o equador da célula, e os centríolos que estão em polos opostos, têm as fibras do fuso alongadas que se ligam aos cromossomos pelo cinetócoro.

Anáfase II: Há a separação do centrômero pelo encurtamento das fibras do fuso, o que promove o deslocamento dos cromossomos para os pólos da célula.

Telófase II: As cariotecas e nucléolos reaparecem, o núcleo se individualiza e os cromossomos se descondensam, havendo também a divisão do citoplasma, obtendo como resultado quatro células filhas com características genéticas diferentes da célula mãe e metade de sua quantidade de cromossomos -> um representante de cada par de cromossomos.

Núcleo e divisão celular - Parte I

    As células podem ter vários núcleos, um núcleo ou não terem núcleo. As células que possuem material genético podem ser procarióticas - não tem núcleo organizado (delimitado) ou eucarióticas - que possuem núcleo limitado pela carioteca.

     O núcleo é responsável pelo controle do funcionamento das células e pela definição das características hereditárias.
  Constituição do Núcleo: O núcleo é constituído pela carioteca - separa o material nuclear do citoplasma, nucleoplasma - parte liquida do núcleo, contendo água e proteínas, poros - comunicam o citoplasma com o núcleo, permitindo o transporte de substâncias, cromatinas - filamentos de DNA enrolados e esticados + proteínas histonas, nucléolo - onde se produzem os ribossomos e retículo endoplasmático rugoso com ribossomos.

   Quando a célula está em interfase, ela não está em divisão, mas está em constante atividade metabólica e nesse período apresenta cromatinas. Quando a célula está em divisão - meiose ou mitose, as cromatinas virão cromossomos -> cromatinas se comprimem e se dobram.

    Os cromossomos contém genes, que são sequências de nucleotídeos que determinam uma característica -> cor dos olhos, cor do cabelo, e etc.

     As células se dividem para se multiplicar e também quando estão muito grandes e "precisam dividir o controle dela com outro núcleo" (mitose) ou para formar gametas (meiose).


     DIFERENÇAS ENTRE A MITOSE E MEIOSE
Na mitose, formam-se 2 células filhas com as mesmas características da célula-mãe.
Na meiose, formam-se 4 células filhas haploides (com metade das características da célula-mãe) cada uma com um representante do par de homólogos.
Na mitose, há separação dos centrômeros dos cromossomos.
Na meiose, há a separação dos cromossomos homólogos.
A mitose pode ocorrer em células diploides ou haploides.
A meiose só ocorre em células diploides.
Na mitose, ocorre uma duplicação de DNA e uma divisão.
Na meiose, ocorre uma duplicação do DNA e duas divisões.

domingo, 3 de agosto de 2014

Quinhentismo - Literatura


                           Anotações de Aula - Para a tarefa e para a VI1 de Literatura
              


                      O texto de relato não é uma narrativa com personagens fictícios, no relato, o interlocutor narra suas próprias aventuras, é real; está preso às coisas do tempo (historicidade) que se associa a ideia de precisão, acrescenta suas impressões e opiniões (não há uso de metáforas) e faz uma descrição do que se vê.

                Os indígenas tem relação intima com a natureza, estavam em estado de natureza = selvagens. Os europeus estranhavam a nudez, os animais e a visão paradisíaca – a terra encontrada apresentava grande diversidade de fauna e flora -, que ao mesmo tempo encantavam.  Eles descreveram os índios como astutos e orgulhosos por medo, por que na verdade eles eram ingênuos, manipuláveis e amigáveis.

                Os índios apresentavam-se curiosos – foram ao encontro dos europeus assim que eles desembarcaram, sem temer, saudáveis, bem dispostos e belos, não eram materialistas – realizavam câmbio com os europeus, deixavam eles ficar em sua moradia, deixavam eles cuidarem da herança deles, exóticos, respeitosos – aceitavam a religião dos europeus, guerreiros e trabalhadores – na visão dos europeus, isso representava mão de obra, inocentes e amigáveis, respeitavam e admiravam a cultura europeia, eram simples e bons e também apresentavam –se com sentimento nativista – tinham orgulho de pertencer a uma nação, por isso, vingavam-se de seus inimigos. Os índios bebiam e comiam muito e eram bastante festeiros, uma das características de sua hospitalidade. As mulheres que choraram, apresentaram satisfação pela visita europeia.

                O texto informativo descrevia desde as belezas naturais, quanto seu povo, seus costumes e hábitos, formas e técnicas de trabalho, tudo em detalhes minuciosos, expressando o que era sentido pelo autor, mas o principal objetivo desse texto era informar ao rei sobre as vantagens do local (como os índios se apresentavam diante da religião e se haviam metais preciosos ou alguma outra vantagem econômica) – tanto na visão mercantilista, quanto na visão cristã, pois tinham como objetivo obter a conquista material e espiritual do local.

               

Centralização Política da França - História


Para a VI1 de História - Anotações de Aula 

            Carlos Magno era rei germânico e tornou-se imperador ao morrer, após ele, Luís,o piedoso assumiu o trono, depois seus filhos Carlos, o calvo; Lotário e Luís, o germânico começam a disputar pelo trono dando origem a uma guerra, mas no fim, formam um acordo: tratado de Verdun, que divide o reino em 3: Frância Ocidental (França) – Carlos; Lotaríngia – Lotário e Frância Oriental (Sacro Império Romano Germânico) – Luís.

            A França, até então, encontrava-se fragmentada onde cada feudo tinha seu comando e apresentavam diferenças em sua organização.

            Só quando Hugo Capeto assume o trono, ele dá inicio ao processo de centralização política da França (desfragmentando-a) e entra em conflito com a nobreza (detentora dos feudos).

            Os reis da Dinastia Capetíngia foram: Filipe Augusto, Luís IX e Filipe, o Belo.

            Filipe Augusto dá continuidade ao processo de centralização política e promove uma aliança com a burguesia, a fim de conseguir recursos para a formação de um exército real que acabaria com o poder da nobreza, favorecendo assim os dois lados, a burguesia, que desejava acabar com os maus costumes impostos pela nobreza, o que desfavorecia o seu comércio e o rei, que deseja desfragmentar a França. Ele também passa conceder liberdade aos camponeses através das Cartas de Franquias, que tinham um preço (importante meio de obter rendas), além de expandir o território francês.

            Luís IX permanece com a expansão territorial e padroniza a justiça e tributação francesa (o que o beneficiou financeiramente), também torna as propriedades burguesas e nobres incondicionais (sempre seriam de seus donos) e forma a moeda nacional única, o franco.

            Luís também participou das cruzadas, e quando morreu foi canonizado pelo papa Bonifácio XIII, sendo assim considerado São Luís (isso demonstra a boa relação existente entre o rei e a Igreja).

            Filipe, o Belo continua com a expansão e centralização, porém ele gera conflitos com a Igreja, como a França estava debilitada economicamente e precisava financiar seu exército, ele percebe que a ordem dos templários conquistava poder e riquezas que iam direto para a Igreja, como não possuíam herdeiros. Então, Filipe estabelece com Bonifácio um acordo onde o rei recebe as riquezas conquistadas pelos templários e divide com a Igreja.
            Mas ainda sim, a necessidade de dinheiro permaneceu então Filipe passa a cobrar impostos da Igreja, que era muito rica, mas papa Bonifácio se nega, ameaçando excomungar Filipe, então inicia-se um conflito. Esse conflito gera uma crise econômica na França.

            Filipe convoca uma reunião com todos os estados chamada Assembleia Geral, colocando como tema de discussão se a Igreja deveria ou não pagar impostos, e fica estabelecido que sim, mas o papa morre e então, Filipe consegue subornar o conclave e eleger um papa francês – Clemente V que transfere o papado de Roma para Avinhão. A parte romana da Igreja não aceita essa transferência e elege outro papa – Há a separação da Igreja, conhecido como Grande Cisma do Ocidente.

            A Igreja que anteriormente, no sistema feudal era grande detentora de poder, agora perde poder por travar uma guerra com o Estado francês que só vem se fortalecendo. Ele interfere no papado e não o contrário.

            Carlos IV, filho de Filipe, então assume o trono e governa durante um tempo, e morre sem deixar herdeiros, logo seus parentes próximos são convocados para a eleição de um novo rei: Filipe de Valois, sobrinho de Filipe e Eduardo Plantageneta, neto de Filipe por parte de mãe. Eduardo Plantageneta era rei da Inglaterra, portanto poderia unir os dois reinos tornando a França dependente da Inglaterra e por ser neto de Filipe por parte de mãe, não poderia receber herança de sua mãe, devido a Lei Sálica que proibia exatamente isso, portanto Filipe de Valois é eleito rei da França e Eduardo não aceita, promovendo uma luta entre as nobrezas francesa e inglesa, a fim de alcançar o trono – Guerra dos Cem Anos.
            A terra de Flandres localizada ao norte da França, por apresentar semelhança as atividades econômicas realizadas na Inglaterra – comércio de lã – se alia a Inglaterra.

            As batalhas da Guerra acabaram desarticulando a economia Francesa, houve uma queda na produção agrícola e na oferta de alimentos,  gerando fome - que se alia com a chegada da peste.

            A peste devasta grande parte dos servos, logo os poucos servos que sobram tem seu trabalho dobrado por exigência da nobreza que desejava obter lucro sempre. Então, isso levou ao início de revoltas camponesas, as chamadas Jacqueries. Os nobres não conseguem deter essas rebeliões e se vêem obrigados a recorrer à ajuda real, que reprime e impõe ordem aos servos (Isso promove a reafirmação do poder do Estado).

            Formam-se facções na França, que disputam entre si o domínio de todo o território: ao norte estava parte inglesa liderada por Henrique V, os chamados Burguinhões e ao sul estava a parte francesa liderada por Carlos VII, os chamados Armacnags.

            No sul, uma mulher, Joana D'arc apresentou-se ao povo dizendo ser escolhida pelo Espírito Santo para liderar o exército real (servir fielmente o rei) e conquistar o território do Norte, então ela busca cumprir esse chamado e passa por muitas provas até que consegue liderar o exercito real.

            Assim, ela vence muitas batalhas e conquista algumas terras, favorecendo o rei. Mas Joana D’arc sem a autorização do rei, vai a uma luta sozinha e acaba sendo capturada pelo inimigo e é julgada herege e condenada a morrer viva na fogueira.

            O rei Carlos VIII continua com a reconquista do território francês, o que ajuda a consolidar o Estado Francês.

            A guerra proporcionou o fortalecimento do Estado, através da formação do exercito real e da cobrança de impostos, também estabeleceu a aliança entre a burguesia e o rei, que enfraqueceu tanto a Igreja quanto a nobreza e enfraqueceu as antigas estruturas feudais.

             O exército foi um fator importante para essa fase da França, mas ele consumiu muito e não produzia nada, para conseguir financiar esses gastos, o rei estabelece a talha real (impostos) para toda a sociedade, exceto a nobreza que pagava indo as guerras, ela estabelece a autonomia fiscal e militar do Estado.

            Então, a expansão territorial continua na dinastia dos Valois através da compra de terras, casamentos e guerras, e eles desejavam implantar o absolutismo na França, mas para essa implantação eles encontram obstáculos: guerra entre protestantes e católicos e o feudalismo enfraquecido.

            O protestantismo de João Calvino que vem questionar alguns dogmas e ações da Igreja se espalha pela França e adquire muitos seguidores. Formam-se, então, duas facções que irão guerrear: Família Guise que era católico e a favor do absolutismo real e Família Bourbon e Condé que era burguesa, huguenota e conservadores.

                Então o próximo rei, Francisco I tem dois filhos: Henrique II e Francisco. Ele é capturado em uma guerra, e é levado prisioneiro pelo inimigo e depois vai para a Espanha, mas faz um acordo onde promete não mais declarar guerra ao inimigo e deixa seus filhos em seu lugar. Então, quando depois de um tempo em que é liberado Francisco I declara guerra mesmo sabendo dos riscos que seus filhos corriam, mas depois de muito tempo Henrique II é liberado e torna-se rei da França, se apaixona por uma mulher casada que vira viúva e então ele acaba tendo filhos com ela, mas depois casa-se com Catarina de Médicis, tendo com ela três filhos: Francisco II, Carlos IX e Henrique III. Seu governo se destaca pela perseguição religiosa aos protestantes.

            Quando Henrique II morre em um torneio, sua mulher Catarina de Médicis assume o trono, por sés filhos serem menores de idade e como era muito católica reforçava a ideologia religiosa em seus filhos. Depois então Francisco II torna-se rei, mas um ano depois também morre. E seu irmão Carlos IX assume, seu governo marcou-se pelo combate aos protestantes, o que só gerou para a França instabilidade política e econômica.

            Depois de muito tempo de perseguição, Carlos IX percebe que não conseguiria acabar com os protestantes assim tão fácil, então, tenta uma nova estratégia, a fim de pacificar o seu reino, promove o casamento de sua irmã Margarida de Valois com um burguês protestante, Henrique de Navarra, mas ainda sim, os católicos franceses não queriam aceitar os protestantes, então, sem consultar o rei, resolvem promover um massacre de protestantes no dia do casamento, o que ficou conhecido com Noite de São Bartolomeu - que significou uma tentativa perdida de pacificação que só será conquistada, quando Henrique IV assumir o trono.

            Então depois de um tempo Carlos IX morre e seu irmão Henrique III assume o trono, este percebendo que Henrique de Guise não era seu amigo e sim desejava roubar o trono, se alia a Henrique de Navarra para combatê-lo (Guerra dos Três Henriques). Logo, Henrique de Guise é assassinado e Henrique III declara Henrique de Navarra seu herdeiro. Então, quando Henrique III morre, Henrique de Navarra é coroado rei e passa a ser Henrique IV e inicia a dinastia Bourbon.

            Os conflitos religiosos durante o seu governo continuam e os católicos franceses não aceitam um rei protestante, então após a conquista de Paris, Henrique IV resolve abandonar sua religião e tornar-se católico - “Paris bem vale uma missa”. Henrique também decreta o Édito de Nantes, que concede liberdade religiosa aos protestantes, o gerou pacificação ao governo e consolida o absolutismo.

          Luís XIII, filho de Henrique IV, não assume o trono por ser mais novo e deixa sua mãe, Maria de Médicis governando, esse governo se destaca por um caráter absolutista, pois ela defende os seus próprios interesses, sem se preocupar com a sociedade (fecha os Estados Gerais) e está sempre tentando manter a monarquia. Ela também nomeou o cardeal Richileu em seu governo.

          O cardeal Richileu contribuiu para o enfraquecimento da nobreza, que iam contra aos interesses reais e a penalizou com a perda de seus direitos/títulos, fortalecendo o absolutismo e permaneceu concedendo liberdade religiosa aos protestantes, que promoveu paz na França.

         Como ministro, Richileu estabelece o Paulette (compra de cargos públicos/ títulos de nobreza) que agradou aos interesses de burguesia que ascendia-se economicamente, mas não possuía status, (com a venda de cargos, a França consegue superar a pobreza), logo, os nobres não tradicionais, que compravam títulos de nobreza, ficaram conhecidos como nobreza togada e os nobres tradicionais, de famílias nobres, eram da nobreza de espada, e esses dois grupos ficavam em conflito, o que de certa forma, favoreceu à permanência do absolutismo, pois o ministro acompanhava a luta de perto e esta não atrapalhava à monarquia, até porque a nobreza não favorecia-a.

          O Sacro Império Romano Germânico assim como a França, passa por conflitos religiosos, onde o imperador era a favor do catolicismo e os príncipes a favor do protestantismo, como a França era grande rival do Sacro Império Romano Germânico, desejava enfraquecer o reino, portanto ajudou aos príncipes, dando inicio a guerra dos 30 Anos, onde os territórios governados (Espanha, Holanda e Sacro Império Romano Germânico) pela família Habsburgo - católica - lutam contra a França (governada pela família Bourbon - católica).

               Essa guerra contribuiu para o aumento da autoridade da França sob os seus inimigos, a França ao ganhar a guerra, conquista as terras de Alsácia e Lorena e os bispados Metz, Toul e Verdun e também recebe indenizações dos perdedores.

              Luís XIV, filho de Luís XIII, assume o trono ainda criança tutoriado pelo cardeal Mazarino, fica conhecido como "rei Sol" e disse a frase: " O Estado sou Eu.", pois promoveu o auge do absolutismo francês, através de seu exercito numeroso que sujeita a nobreza e defende o absolutismo e destaca a França aos seus inimigos e também através da construção da corte, onde Luís XIV traz para perto de se a nobreza de espada, a fim de domesticá-la, transformando-a em nobreza cortesã ( o rei estava sempre "equilibrando os lados da balança", desejava o apoio burguês e nobre, quando a burguesia se ascendia, ele ajudava a nobreza e vice e versa). Antes de Luís XIV realmente assumir o trono, o cardeal Mazarino enfrenta a última revolta anti-absolutista, "deixando o caminho livre" para o absolutismo de Luís XIV.

            Jean Baptiste Colbert destaca-se por cuidar das finanças francesas de um modo que passa a ser chamado de colbertismo, que baseava-se nas manufaturas - transforma as matérias-primas em outros produtos através do manuseio - e cobrança de altas taxas alfandegárias para a importação e diminuição da cobrança de impostos (franceses compram produtos franceses), que estimularam o desenvolvimento das atividades burguesas - companhias de comércio monopolizavam produtos como tabaco e perfume, e pagavam impostos (dependência ao rei) favorecendo ao rei. Também tenta expandir maritimamente e territorialmente em locais como a América, a fim de obter matérias-primas e expandir seu comércio (conquista mercado consumidor).